Esta não é uma obra típica de Bollywood repleta de dramalhão e a clássica comédia exagerada. O longa trata de uma questão de ética nos negócios ao passar uma mensagem sobre a importância de valorização para que empresas cresçam de forma justa e sincera, de modo a levar a satisfação dos clientes mais a sério para alcançar o sucesso empresarial.
Você já deve ter notado que sou um grande fã do cinema, e como tal, não posso deixar de prestar atenção em como essa indústria consegue transmitir sábios ensinamentos sem que nos demos conta.
Quando o filme “Rocket Singh: Vendedor do Ano” foi lançado em 2009, eu não havia prestado atenção na mensagem completa da obra, afinal, ele havia sido erroneamente vendido como uma comédia, fato que me fez não levar a sério alguns pontos-chave. Recentemente, voltei a assistir o longa e dessa vez posso afirmar que o filme é muito interessante para empreendedores e entusiastas das vendas.
De que forma? Trocadilhos à parte, pegue a pipoca que eu explico tudo.
AYS, onde tudo que interessa são as vendas!
O nosso “herói” nessa trama é Harpreet Singh Bedi, um recém-formado com notas medianas que não são nem de longe suficientes para torná-lo um executivo. Para tornar essa situação mais favorável, ele consegue um emprego em vendas, mas ele é como um leão entre os lobos.
Quando entra para o mundo corporativo, ele fica chocado ao presenciar o uso de alguns métodos um tanto desonestos nos processos da empresa de computadores AYS para alcançar o sucesso.
Lá, ele se vê dentro de um ambiente tóxico, onde todos odeiam os empregos que possuem. Você cometeu um erro? Então se prepare: os chefe e os colegas tornarão sua vida miserável ao ponto de você querer se trancar no banheiro para chorar. Lidar com isso de cara não é nada fácil para quem está começando.
E claro, além das práticas antiéticas, a empresa é cercada por uma atmosfera implacável com metas irreais, vendas de produtos com altas margens de lucro e clientes vistos apenas como números.
Após ser humilhado pelo chefe e virar piada no escritório, Harpreet atrai muitas críticas de superiores e outros colaboradores, o que acaba isolando o recém-formado. Porém, a maldade dos colegas no escritório o ajuda a se transformar em um empresário inteligente, estratégico e acima de tudo, ético para com os compradores.
Acreditar na identidade é essencial para o crescimento
Convicto de que um negócio pode ser bem-sucedido de forma limpa, Harpreet não só arriscou montar a própria companhia dentro da empresa em que trabalhava, como também envolveu alguns colegas como parceiros nesta delicada missão.
Operando de forma honesta e diligente, a Rocket Sales se comprometeu a fornecer um produto muito menos burocrático e serviço 24 horas, que eventualmente rivalizava com a organização que os contratou primeiramente.
Em pouco tempo a empresa logo decolou por cair nas graças dos clientes, e Harpreet entrou em expansão de colaboradores – a maioria dos quais ainda trabalhavam para a antiga companhia e para a Rocket Sales simultaneamente.
E aqui está uma grande lição: apesar de não ser o vendedor mais agressivo e de querer jogar dentro das regras, o jovem percebeu que possuía uma das maiores qualidade do mercado: a grande capacidade de se conectar com as pessoas.
Não há atalhos quando a ética nos negócios prevalece
Particularmente, acredito que o enredo inovador não só nos permite refletir sobre a acirrada na linha de vendas, mas também expõe as dificuldades enfrentadas pelos clientes que precisam lidar com a má-fé de muitos prestadores de serviço.
É interessante observar que, nesta trama, a tradicional figura do vilão foi substituída pela configuração corporativa, Aqui, a humilhação não é física, mas mental e verbal — e isso também deixa marcas e traumas.
Rocket Singh é aquele filme raro que nos estimula a examinar nossas vidas e questionar se estamos de fato cumprindo as “regras básicas de etiqueta”. Nos faz pensar sobre momentos em que optamos tomar pelo caminho mais fácil, em vez daquele caminho que é o certo.
Na minha opinião, um dos pontos altos é a conversa entre “Rocket Singh” e o Sr. Puri. Em um diálogo com o chefe, ele diz uma interessante lição:
“Não há atalhos. Se você fizer os clientes felizes, seus números aumentarão. Essa é a grande verdade da vida!“
Também destaco o fato de que aquelas pessoas que possuem um talento escondido dentro de si, muitas vezes só precisam de uma oportunidade para trazer isso à tona.
O filme é excelente em todos os aspectos: história, roteiro, atuação e elenco. Além disso, tem personagens muito dinâmicos com diálogos espirituosos e implacáveis, deixando claro que não se trata apenas de negócios, mas também de muitos fatos importantes que esquecemos no momento de conquistar o sucesso na maior missão que existe: a vida.
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