sobre experiências e aprendizados.

Hoje venho falar sobre aprendizado, mas não o típico aprendizado formal, aquele que associamos a formações, treinamentos, workshops, estudos diversos… e por aí vai. Não, hoje eu gostaria de falar sobre o processo de aprender com as circunstâncias que nos surgem, especialmente no âmbito organizacional.

Certa vez ouvi que “a experiência sem a autorreflexão, não gera aprendizado”, é algo simples, mas que me marcou bastante. Se pararmos para pensar com cautela, perceberemos que é mesmo verdade que uma pessoa com diversas experiências não necessariamente é alguém sábio — vulgo, alguém capaz de aprender e tirar insights transformadores do que foi vivido. Quantos currículos já peguei de pessoas que trabalharam em diferentes empresas, em diferentes cargos, passaram por diferentes contextos, mas, na hora de conhecê-las, parece que elas não refletem a experiência vivida. É meio frustrante. Esperamos que pessoas com muitas e diversas experiências sejam pessoas que aprenderam muito, mas não necessariamente. Muitas pessoas apenas passam pelas experiências, sem absorver delas aprendizados significativos, que as faça evoluir e as engrandeça. 

 

Aprendizado X Autorreflexão

Quando paro para pensar nos momentos em que mais aprendi, de fato estão relacionados ao grau de autorreflexão que fiz sobre a experiência vivida. Enfatizo o auto, porque não é apenas sobre refletir puramente. Muitos de nós somos ótimos em refletir sobre as experiências como observadores externos, analisando e julgando o que aconteceu na experiência, sem estar implicados na problemática. Podemos ser exímios críticos circunstanciais, e não aprender nada significativo com isso.

Refletir sobre o outro, a situação, o acontecimento, a experiência, pode nos ajudar a desenvolver pensamento lógico, estratégico, criticidade, entre outras capacidades. Mas, se nos limitamos a refletir sobre o que está fora de mim, será que aprendemos a ser diferentes? Será que integramos os aprendizados em nós? Ou apenas nos tornamos intelectuais capazes de escrever perfeitas teses sobre o que vivemos e as situações que ocorreram, mas sem respingo de mudança real na minha atitude, no meu comportamento, na qualidade de quem sou, como pessoa e profissional?

Autorreflexão para mim é a chave do mais profundo aprendizado. Se olho para fora, posso me tornar alguém inteligente. Se olho para dentro, posso me tornar alguém sábio. =)

Se olho para dentro, me questiono, busco entender o que me motivou a agir e reagir diante das experiências vividas, busco investigar o que as situações me ensinam sobre eu mesma, sobre meus padrões repetitivos, meus modelos mentais, minhas emoções, meus automatismos, sobre quem sou e, mais, sobre quem quero ser. Se olho para dentro, posso assumir a responsabilidade de agir e reagir de forma mais consciente, mais intencional e menos refém das circunstâncias. Se reflito sobre a experiência, aprendo sobre ela. Se reflito sobre quem fui na experiência, aprendo sobre mim. E, o que aprendo sobre mim, são pérolas que levo para vida

 

Como mudar nossa perspectiva no dia a dia?

Pode parecer algo filosófico demais, este tipo de coisa que precisamos de terapia para fazer acontecer, não é mesmo?! Hahaha. Mas não se assuste! Na verdade, é algo que podemos aplicar no nosso cotidiano com uma mudança simples de perspectiva. Imagine que você acabou de sair de uma reunião super tumultuada, onde tentou se expressar e não foi bem entendida pelos demais devido aos caos instaurado. Após a reunião, você pode seguir alguns caminhos:

  • Não se abalar e vida que segue (é raro, mas essas pessoas existem! — Você não sofre mas também não aprende nada);
  • Ficar frustrada consigo mesma (muito comum nas pessoas com questões mal resolvidas de autoestima — você questiona a si mesma, mas é de forma destrutiva, ou seja, não saca aprendizado construtivo de nada);
  • Ficar indignada com as demais pessoas (a típica reação de quem não quer lidar com suas próprias culpas, então culpa o mundo — você aprende muito sobre as incompetências alheias, mas se torna refém de todos e não aprende nada sobre você mesmo);
  • Deixar as diversas emoções passarem e então parar para refletir (caminho super recomendado para quem busca aprendizados construtivos e significativos).

Digamos que você escolheu o último caminho e, enfim, parou para refletir. Neste momento, você também pode seguir diferentes caminhos:

  • Refletir sobre os fatos ocorridos e o que isso diz sobre o grupo, sobre as reuniões, sobre o frame de discussões;
  • Refletir sobre os fatos ocorridos e o que isso diz sobre como você agiu, reagiu e se sentiu nesta e outras circunstâncias similares.

Se você faz apenas uma dessas reflexões, você corre o risco de ficar limitado apenas a 

  1. encontrar soluções para resolver o problema do comportamento dos outros e o formato das reuniões, mas não desenvolver melhores habilidades (próprias) para lidar com as adversidades, ou ficar limitado a
  2. buscar soluções para você agir e reagir diferente diante do outro e das reuniões, mas deixar de pensar em novas formas do grupo interagir e das reuniões acontecerem.

Penso que o mais eficiente aqui seria um caminho número 3:

  1. Olhar para a situação como um todo e refletir sobre o modus operandi do grupo, dos indivíduos e, especialmente, o seu próprio. E, então, buscar soluções que potencialize a dinâmica da reunião, em feedbacks que possam ajudar os indivíduos a evoluírem nas atuações deles e, especialmente, fazer uma boa autorreflexão sobre como você pode crescer e amadurecer as suas ações e reações nas próximas experiências.

É mesmo simples, mas não simplista. Se fosse simplista, todos faríamos isso a todo momento, mas não é o que acontece, não é mesmo?

Só nos resta tentar! 😉

Gracias,

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