Benefícios flexíveis: o que são e por que impactam na atração e retenção de talentos

Em um mundo do trabalho cada vez mais flexível, com colaboradores trabalhando em modelo híbrido, escolhendo de onde exercem suas funções e até pleiteando semanas mais curtas, como a de quatro dias, ou as “short Fridays”, os benefícios corporativos tiveram que acompanhar a mesma tendência. Ganharam corpo, então, os chamados benefícios flexíveis.

 

O que são benefícios flexíveis?

De forma simples e direta, benefícios flexíveis são aqueles que oferecem, principalmente, flexibilidade, “concedem autonomia aos funcionários para optarem por benefícios que melhor se adaptam às necessidades individuais”, explica Wagner Nogueira Jr, head de benefícios da construtora Tenda. 

“Dessa forma, os funcionários podem avaliar e escolher os benefícios que melhor se aderem ao seu momento de vida, além de valorizar e empoderar cada pessoa dentro da empresa.”

A definição mais simples de benefício flexível é o benefício que se adapta ao colaborador, diz Ricardo Salem, founder e CEO da Flash Benefícios, que nasceu em 2018 justamente para flexibilizar o mundo dos benefícios corporativos. 

“Nem todo mundo tem o mesmo mix de necessidade, uns gastam mais com saúde mental, outros com capacitação e querem contratar cursos, outros gastam com mobilidade, e essas necessidades mudam conforme o momento de vida da pessoa.”

Prova de que a flexibilidade em benefícios é mesmo uma tendência é o crescimento da Flash: somente neste ano, a empresa cresceu cinco vezes – “sobre uma base já relevante”, garante Salem.

 

Benefícios flexíveis como ferramenta de atração e retenção de talentos

Mais do que uma tendência, Nogueira afirma que o modelo dos benefícios flexíveis, hoje, distingue a empresa de seus concorrentes, sendo um grande fator de decisão para a escolha de qual empresa trabalhar, além de um modelo de retenção. “É uma política importante de atração e retenção de talentos”, diz Salem. “O feedback que temos dos clientes é que é uma diferenciação na hora de atrair candidatos.”

Salem cita uma pesquisa feita pela Flash que mostra que mais da metade dos profissionais entrevistados prefere que as empresas melhorem os benefícios, ao invés dos salários. “A flexibilização dos benefícios é uma oportunidade de melhorar a percepção de valor e o engajamento dos colaboradores sem precisar aumentar custos com benefícios e de muito simples implantação.” Segundo Salem, mais de 60% dos clientes da Flash disseram que os benefícios flexíveis melhoraram a retenção de talentos na empresa. 

O avanço dos benefícios flexíveis no mercado brasileiro existe, mas trata-se de um modelo em estágio em formação, afirma Nogueira. “As empresas estão compreendendo como utilizar o melhor do modelo flexível sem esbarrar na legislação”, comenta. “Esse modelo já é um diferencial nas empresas startups, visto a facilidade de se adaptarem a novos modelos e conceitos, mas ainda encontra barreira nas empresas já consolidadas.”

Salem tem percepção semelhante. “Hoje, temos como clientes grandes empresas de bens de consumo, mineradoras, empresas fabris. Há uma mudança na quantidade e no perfil das companhias ofertando benefícios flexíveis. O que era concentrado em empresas de tecnologia agora passa a ser uma necessidade também nas organizações tradicionais.”

 

Benefícios flexíveis na prática

O modelo de benefícios flexíveis dá ao funcionário a autonomia para escolher os benefícios que se aderem ao momento atual de vida, diferentemente do modelo tradicional, onde a empresa decide regras e políticas para cada benefício oferecido, sem possibilidade de escolha. “Esse modelo ajuda a melhorar o relacionamento entre empresa-funcionário, auxilia o desenvolvimento pessoal e aumenta a satisfação de percepção do funcionário”, diz Nogueira.

Funcionários que trabalham em empresas que são clientes da Flash, por exemplo, recebem um cartão multibenefícios. A depender da política de benefícios, esse cartão, aceito em mais de 4 milhões de estabelecimentos, pode ser utilizado em alimentação, refeição, gastos com consultas e exames médicos, postos de combustível, estacionamento, aluguel de bikes e aplicativos como Uber e 99, além de cursos de idiomas, técnicos e até creches, faculdades e escolas primárias. Em algumas empresas é possível usá-lo, inclusive, para gastos com cinema, teatro, livrarias, Spotify e Netflix. 

Dentro do valor que recebe em benefícios, o colaborador usa da forma que achar melhor, onde achar melhor.

Um formato ainda mais avançado de benefícios é o que se chama no mercado de “cesta de pontos”. “Esse modelo de pontos é um modelo bem interessante, pois cria um mecanismo de fácil entendimento e capaz de auxiliar os funcionários na decisão de escolha de cada benefício”, diz Nogueira. 

Salem explica que o Flash Points, criado um ano atrás, vai nessa linha. Ainda é um desafio operacionalizar, ele comenta, por questões de legislação e de insegurança das empresas, do que pode e o que não pode ser flexibilizado. Planos de saúde, por exemplo, não podem ser trocados todos os meses, ao contrário de verbas para saúde mental ou mobilidade, que são mais flexíveis.

Por enquanto, só as empresas grandes adotam esse modelo de pontos, porque requer uma escala mínima para flexibilizar plano de saúde e um time interno para gerenciar a complexidade desse modelo. “Mas já vemos que começa a ser usado por empresas médias que querem ver o benefício como um diferencial realmente”, diz Salem.

“Cada empresa busca o modelo mais adequado para disseminar o modelo de benefícios flexíveis, e o ideal é que a análise seja feita de acordo com as necessidades individuais e garantam a autonomia e liberdade para a escolha do melhor benefício”, conclui Nogueira. 

Victoria Travaglini, da consultoria de recrutamento UNI.CO, comenta que a pandemia mudou as expectativas dos colaboradores em relação aos empregadores e, nessa nova era, o salário não é a única moeda de troca. “Os profissionais estão cada vez mais em busca do bem-estar e passaram a valorizar um pacote de benefícios flexíveis que atende a singularidade de cada um”, afirma. “Além dessa ser uma ferramenta para retenção de talentos, ajuda bastante na tomada de decisão quando o profissional está optando entre uma oportunidade e outra de emprego.”

Quer saber mais sobre o mundo do RH? Acesse o blog da Flash e confira as principais tendências da área.

 

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