Lições de uma cultura de alta performance

Toda empresa que deseja crescer e ser relevante deveria se preocupar em ter uma cultura de alta performance. A afirmação é de Renata Alkimin, HRBP Manager no iFood. Mas, afinal, o que é uma cultura de alto desempenho?

Para Renata, a cultura de alta performance é composta por um conjunto de valores, normas e comportamentos que permitem às empresas atingir os melhores resultados de forma sustentável, além de cultivar profissionais produtivos e engajados, sendo estes fatores indissociáveis. “Para entregar valor ao negócio é indispensável ter profissionais que agem, são desenvolvidos e reconhecidos conforme esperado dentro daquele contexto, considerando tanto resultados como comportamentos”, explica. 

Aline Esteves, vice-presidente de recursos humanos na monashees, afirma que a cultura de alta performance reforça o objetivo da companhia e o que ela é em essência. “De forma prática, se a empresa está crescendo, será o conjunto de aspectos na forma de liderar, recrutar, tomar decisões, rituais e comunicação interna que empurrará ou não a empresa para o crescimento”, explica. “Mas para uma empresa que não está focada em crescimento, como, por exemplo, uma empresa onde a atenção maior é qualidade, a cultura de alta performance ganha contornos diferentes. É provável que haja ênfase, além dos temas já citados, aos aspectos de funcionamento da companhia que conectem a equipe ao que a empresa oferece para os clientes. Um exemplo é o foco em bem-estar dos funcionários em uma empresa que produz fármacos. Esse conjunto, quase que por inércia, leva a empresa a entregar qualidade, o que é alta performance nesse contexto.” 

 

Características de uma cultura de alta performance

Nesse sentido, Renata comenta que as características de uma cultura de alta performance podem variar de acordo com o contexto, como diz Aline, mas algumas características parecem indispensáveis, na sua visão:

  • A primeira delas é a clareza de objetivos, não apenas na comunicação e desdobramento de metas, mas também no envolvimento dos times, mesmo que em questões mais táticas e operacionais. É preciso deixar claro o que desejam alcançar, para onde caminham enquanto negócio e qual é a parte dos indivíduos e times nesse todo.
  • A segunda é a presença de profissionais que atuam com autonomia e responsabilidade, dupla que agrega agilidade e inovação (presentes em estruturas menos engessadas e hierárquicas) ao mesmo tempo em que cultiva profissionais conscientes de suas ações e impactos, dando espaço para o erro como forma de aprendizagem e crescimento, não julgamento ou punição, e ao acerto como exemplo a ser seguido.
  • A terceira característica que acredito ser essencial nessa cultura é a clareza do como, ou seja, de que forma é esperado que os resultados sejam atingidos e esta me parece a maior variável da equação. Em geral, as empresas terão “comos” e pesos diferentes para os comportamentos esperados – em alguns casos estes nem são levados em consideração. O maior impacto disso não é apenas em “quem” esse contexto atrai, reconhece e retém, mas também no ambiente criado por esses indivíduos e comportamentos. “Na realidade, empresas ainda tendem a valorizar a linha de chegada em detrimento da trajetória percorrida.”

Em linha com a terceira característica citada acima, Aline comenta que o “walk the talk” é fundamental para a consolidação da cultura da empresa. Isso significa que as ações devem estar alinhadas com o que se fala e o que escreve em termos de cultura e comportamentos aceitos. 

“O walk the talk é valioso. Pode ser o diferencial entre uma cultura padrão, vista na maioria das organizações, e uma cultura que direciona para alta performance”, afirma. “Não adianta falar que dentro da empresa não se aceita determinado tipo de comportamento e porque a pessoa tem entregas diferenciadas você acaba aceitando. O time presta especial atenção em momentos como esse, quando o discurso é posto em prova e a decisão tomada irá interferir diretamente na credibilidade com a equipe e no seu engajamento.”

Outro ponto relevante colocado por Aline para se obter a cultura de alta performance é ter atenção ao recrutamento. “Ser rigoroso com recrutamento é uma ação necessária e difícil de ser executada”, diz. “Às vezes é difícil achar alguém com um conhecimento técnico ou experiência específica e a empresa abre mão do perfil comportamental, mas isso é um erro. Não dá para achar atalho em uma situação que não tem atalho. Existe uma frase que diz que as pessoas são contratadas pelas habilidades técnicas e demitidas pelas características comportamentais e, na minha experiência, isso é a mais pura verdade.”

Para Aline, muitas empresas minimizam o problema que é recrutar em desacordo com a cultura da companhia. Mas ela reforça que contratar errado tem um custo alto. Nas startups, mais ainda. “Nas startups early stage, a imprevisibilidade do negócio é alta, e a margem para errar com pessoas é menor”, diz. “Trazer pessoas não alinhadas custa muito caro. As pessoas têm funções significativas e muita influência na construção da cultura em uma estrutura pequena, com menos gente.” 

Quando a cultura está bem estabelecida e o recrutamento é bem-feito, um dos resultados é uma baixa taxa de turnover. Estabelecer a cultura de alta performance, no entanto, é difícil e demorado, diz Aline. E é algo que precisa de intencionalidade e esforço constante da liderança sênior. 

Renata acredita que o primeiro passo desse processo é definir com clareza onde a empresa deseja chegar e o que é necessário entregar para alcançar os objetivos.

Em seguida, é preciso definir quais valores, normas e comportamentos irão permear essa cultura, deixando claro o que é indispensável para os profissionais fazerem enquanto buscam esses objetivos.

E por último, é essencial criar mecanismos que incentivem esses dois primeiros fatores, a definição e comunicação clara de objetivos, práticas e processos que atraiam, reconheçam e recompensem profissionais que entregam os melhores resultados. “E ainda, como efeito colateral, criar um ambiente meritocrático onde os melhores desejam estar. Afinal, culturas de alta performance só são construídas por profissionais e times de alta performance.”

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