sobre respeitar os limites

O grande tema que me cerca neste momento, pro bem ou pro mal, é sobre respeitar limites.

 

Esse texto encerra uma Era de muitos meses e alguns anos apoiando a UNI.CO neste espaço de escrita e troca de conteúdos com a comunidade organizacional. E, logo essa semana, dois temas muito duros estiveram vivos nos meus grupos de networking e trocas: assédios no trabalho e burnout no trabalho. São temas que me inquietam em lugares profundos, pois ambos, para mim, são formas diferentes de violação dos nossos limites. Violação do nosso bem-estar, violação da nossa saúde, violação da nossa mente, violação do nosso corpo, violação da nossa dignidade como seres humanos merecedores de respeito.

Pensei em escrever sobre algum desses temas especificamente. Mais do que escrever, pensei em compartilhar um desabafo. Mas decidi que o grande tema que me cerca neste momento, pro bem ou pro mal, é o respeito aos limites. Decidi que quero encerrar esta Era de textos convidando a mim e a todos nós a pensarmos na importância dos limites, nossos e de todos os demais.  

 

Desconstruir ideias é o primeiro passo para respeitar limites

Pensar a importância de respeitar limites, passa por desconstruir a ideia de que existe uma fórmula única do que é saudável e do que é tóxico. Desconstruir a ideia de que “enquanto dá para ir mais, então não chegou no limite”. Para mim, este tipo de mentalidade é uma arma destruidora do respeito aos limites, não acredito que o limite chega quando “não dá mais”, o limite chega quando “não faz sentido ou não me faz bem”. Pode até “dar para ir mais”, mas se não é o que eu quero, se não é o que faz sentido pra mim, se não é o que me faz bem, então chegou ao meu limite. 

 

Como identificar nossos limites?

Às vezes é fácil identificar o limite de uma situação. O sono, o mal-estar, a procrastinação, a dor…. Sintomas fisiológicos e psicológicos que nos alertam claramente que algo já não está funcionando bem. Às vezes é fácil identificar, mas nem por isso é fácil respeitar limites. Somos mestres em carregar mentalidades tóxicas que nos convencem que se eu impor um limite — ou seja, se eu cuidar dos meus limites — eu estarei sendo fraca, inadequada, chata, mimada… e por aí vai. Eu posso até ver o limite chegando, mas eu sigo me convencendo que “ainda não é o limite”, a mentalidade do “aguenta mais”, muitas vezes, vence essa batalha.

Outras vezes, eu sequer identifico o limite. Estamos tão mergulhados na lógica capital de produção excessiva, que normalizamos o insalubre. Me confundo no meu próprio mal-estar Não sabemos dizer se nos faz bem ou nos é nocivo. Deixo seguir, sem saber que o caminho me atropela, me é danoso. Não sei dizer “não”, porque não reconheço o valor e o contorno do meu limite.

Pior são as vezes que sim identifico e sim quero respeitar meus limites, mas meu direito é violado. Poderes maiores me forçam, me impedem, me anulam. Eu tento, mas não tenho recurso. Me resta sobreviver aos meus limites feridos, encontrar refúgios e afagos que possam trazer algum alívio para as marcas deixadas. Ou simplesmente, me ajudar a suportá-las. Encontrar bálsamo é um privilégio, que infelizmente, nem todos têm. Mas poderiam ter, se todos nos empatizássemos com as feridas alheias, se fôssemos capazes de sustentar o olhar de dor, enquanto escuto e apoio a história de alguém que viveu — ou ainda vive — seus limites desrespeitados.

 

É ilusão acreditar que todas as pessoas poderão ter seus limites respeitados?

Mais do que bálsamos para as feridas, imagina um mundo onde todos tivéssemos o privilégio de dizer “Não, aqui está o meu limite e pronto”. 

Ilusório? Romântico? Ingênuo? Talvez. Pode ser distante demais imaginar que toda raça humana fosse capaz de abrir mão das suas vontades egoicas para viver relações verdadeiramente fraternas, onde o respeito impera sobre todos. Talvez. Mas eu sou mesmo uma otimista e uma apaixonada por essa nossa complexa e subjetiva raça humana, então não posso deixar de encerrar dizendo: se é ilusão acreditar que todas as pessoas poderão um dia ter seus limites respeitados, é realismo nos dar conta que está nas nossas mãos fazer o nosso melhor para 1. respeitar os nossos próprios limites e 2. respeitar o limite das pessoas ao nosso lado.

Talvez a gente não mude o mundo inteiro, mas certamente mudaremos a vida de muitas pessoas, especialmente a nossa própria.

 

Agradecimento especial ao Tomás Jafet, que sempre foi um exemplo vivo de respeito e cuidado sensível aos limites que precisei colocar ao longo da nossa parceria. 

 

Gracias,

Confira outros artigos da Maju, com discussões importantes para a área do Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO), em nosso blog.

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